Alimentação rica em nutrientes auxilia na prevenção e combate à depressão

Por Prostock-studio, de envato elements
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Uma alimentação saudável é necessária para o bom funcionamento do corpo, mas também da mente. Segundo a nutricionista Luanna Caramalac, o exagero no consumo de produtos com conservantes, bebidas açucaradas e gorduras trans podem aumentar o processo inflamatório do corpo e, consequentemente, favorecer ou piorar um quadro de depressão. Além de evitar o consumo desses ingredientes, o ideal é investir em carnes magras, frutas, verduras, legumes e alimentos in natura, ou seja, as comidas feitas em casa. 

“Isso acontece porque o excesso de gorduras trans e saturadas em nosso organismo aumentam a produção de citocinas, moléculas pró-inflamatórias que causam o mau funcionamento dos neurônios”, afirma. 

A presença das gorduras trans normalmente está indicada na lista de ingredientes dos produtos ultra-processados, principalmente em sorvetes, cremes vegetais, massas instantâneas, salgadinhos, massa de bolos, biscoitos, chocolates com pouco cacau e na pipoca de micro-ondas. 

Apesar de não serem saudáveis, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em 2020, indica que esses alimentos ultraprocessados ganharam espaço na mesa dos brasileiros, sendo responsáveis por 18,4% das calorias totais diárias. No ano de 2002, a porcentagem era de 12,6%.  

Estudo

Segundo Luanna, a descoberta foi divulgada em um estudo realizado da Harvard School of Public Health (EUA), que apontou a relação entre hábitos alimentares e saúde mental. 

O estudo identificou que as mulheres que bebiam regularmente refrigerantes, comiam carne vermelha ou grãos refinados – além de consumirem raramente vinho, café, azeite e legumes – eram de 29% a 41% mais propensas de ser deprimidas do que aquelas que fizeram uma dieta menos inflamatória. 

Pesquisas anteriores sugeriram uma ligação entre a inflamação e a depressão, mas a associação entre o padrão alimentar inflamatório e depressão era desconhecida. Estudos têm relacionado inflamação excessiva a doenças cardíacas, Acidente Vascular Cerebral (AVC), diabetes, câncer e outras condições.

Além disso, segundo a nutricionista, ter padrão alimentar baseado em carnes processadas e aditivos alimentares (corantes, conservantes etc.) dobra o risco de depressão na meia-idade. “É importante ressaltar que as gorduras presentes nesses alimentos em excesso cultivam outros hábitos que favorecem a depressão, como sedentarismo, tabagismo e baixo consumo de frutas e legumes”, pontua. 

Fonte: correiodoestado.com.br/

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