Apesar de estarmos completando um ano de pandemia em decorrência do novo coronavírus (Sars-CoV-2), o número de óbitos por causa desse vírus continua acima de mil pessoas por dia no nosso país, de acordo com o Consórcio Nacional de Imprensa. É fato que muitas coisas mudaram com a chegada desse vírus no mundo, e uma delas, em especial, se destaca por estar diretamente relacionada à alimentação: a higienização dos alimentos.
Embora não haja comprovação científica de transmissão do novo coronavírus por produtos alimentícios, eles podem ser um veículo, por exemplo, quando alguém que estava com o vírus manipula tal alimento e posteriormente o mesmo é consumido por outrem. Daí a importância de termos cuidado na hora de fazer uma alimentação, além de ficar de olho no uso adequado de máscaras e luvas pelos trabalhadores da área de produção de refeições e continuarmos a higienizar corretamente os alimentos quando compramos ou antes de consumi-los.
Eis que surge um questionamento: será que os protocolos de cuidado com a higienização dos alimentos para não contrair a Covid-19 vêm sendo praticados de forma rigorosa quando comparados ao início da pandemia?
Considerando que a maioria das pessoas estão menos rigorosas, vale a pena relembrar algumas dicas para que você continue se preservando de um potencial risco de contrair o coronavírus:
1º – O primeiro deles diz respeito à quando você pede por delivery alguma preparação, hábito esse que se tornou ainda mais comum com a pandemia. Assim que a refeição chegar, você deve descartar a embalagem e/ou as sacolas externas e, em seguida, higienizar com solução clorada ou álcool os locais por onde o produto ou a embalagem interna foram manuseados;
2º – Já quando você for às compras de gêneros alimentícios, sempre limpe o carrinho ou o cesto com álcool 70% antes de colocar as mãos, e durante a compra não coloque a mão no rosto, nariz, olhos ou boca, não esquecendo de ter por perto sempre um álcool em gel para as mãos;
3º – Ao chegar da feira de hortifrútis, após descartar a embalagem externa/sacolas, lavar as frutas e os legumes um a um e os vegetais folhosos folha a folha, em água corrente (para a retirada de sujidades como terra, restos de folhagens, insetos, etc.). Depois, deixar imersos em solução sanitizante, como a solução clorada, de acordo com a diluição e o tempo recomendados pelo fabricante (informações contidas no rótulo). Em seguida, enxaguar muito bem;
4º – No caso da higienização após a compra de alimentos não perecíveis, você pode fazer uma breve avaliação daquelas embalagens externas que podem ser descartadas e armazenar o conteúdo interno em potes hermeticamente fechados. Já no caso da impossibilidade de descartar a embalagem, deve-se higienizar com um pano contendo água e sabão (por exemplo, vidros, latas e plásticos rígidos podem ser limpos assim) ou solução sanitizante, pois aquela embalagem pode ter sido manuseada por alguém com Covid-19. Vale relembrar que o novo coronavírus pode sobreviver por horas e até dias dependendo da superfície, da temperatura e da umidade do ambiente;
5º – Por último e não menos importante: atenção na hora de escolher o restaurante/lanchonete/padaria onde vai se alimentar, pois de acordo com a regulamentação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mesmo que os alimentos sejam improváveis veículos de transmissão da Covid-19, é fundamental o atendimento fiel às Boas Práticas de Fabricação e de Manipulação de Alimentos a fim de continuar a garantir a entrega de alimentos seguros à população. Além disso, os estabelecimentos fornecedores de refeições devem fortalecer as boas práticas, pois podem adicionalmente contribuir para diminuir a transmissão direta da Covid-19 de pessoa a pessoa no ambiente de produção de alimentos, devido ao rigor com as práticas de higiene adotadas.
Ante o exposto, a dica é de não nos esquecermos de continuar com os cuidados referentes ao alimento que consumimos e a sua procedência, além do manuseio correto na higienização dos mesmos ao comprá-los, pois ao realizarmos tais práticas, além de evitar qualquer risco de Covid-19, estaremos nos preservando de contrair alguma Doença Transmitida por Alimentos (DTA).
Fonte: Portal Correio, escrita por Jousianny Patrícia da Silva